quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Essa vida passageira

Essa noite eu tive um sonho ao mesmo tempo alegre, triste!

Nasci no interior do Paraná, cresci na cidade de Castro e posso garantir que tive uma infância inesquecível e maravilhosa. (ah anos 80). Cresci cercada de pessoas que amo, considero até hoje, que fizeram toda diferença. Amigos que marcaram toda minha vida, e para sempre.

Infelizmente, esse ano, perdi 03 amigos que fizeram parte da minha infância em Castro, num curto espaço de tempo! Pessoas queridas, pessoas especiais.

Em Outubro, sem ninguém esperar, perdemos a "tia" Selma! Mulher Cristã, mulher guerreira, mulher forte, mulher virtuosa. Esposa, mãe, empreendedora. Nova demais para partir. Quando era criança, ela sempre me recebia com um abraço, fazia brincadeiras comigo. Nunca me esqueci de uma tarde que passamos na fazenda do seu pai, comendo mexerica, pinhão, e eu claro, sempre aprontando. O tempo passou e quando ela teve sua 2ª filha, colocou o nome dela de Késia, igualzinho ao meu (segunda ela me disse, "que é para não esquecer de você", rsrsrs)


Novembro, perdemos Sr Francisco. Acompanhamos de perto sua luta pela vida e o quanto sua família permaneceu ao seu lado, até o último momento. Família querida, amada. Muito amigo de meu pai! Sempre nos recebia em sua casa da melhor maneira.

E recentemente, perdemos a Dona França (Francelina)! Alegre, sorridente, de bem com a vida. Morava na chácara, linda, tranquila e sempre dava um jeito de me ver quando eu ia a Castro. Quando nos mudamos de lá, ela quem nos levou até a nossa nova cidade e eu estava muito triste. No meio do caminho, ficava tentando me alegrar. Lembro bem que em certo momento da viagem, passamos por um caminhão de "Boia Fria" e ela me explicou o porquê eram chamados dessa maneira! Nunca mais esqueci! Também partiu, sem a gente esperar.

Imagino a Igreja, como sentiu essas perdas. E as pessoas que os conhecem e conviviam com elas.

E sobre o sonho dessa noite: estava de volta, na minha infância (Ah anos 80), na Igreja, brincando no patio e todos eles estavam lá! E como num salto, o tempo pula e estou eu de volta, 2017 meio que me despedindo deles, e foi realmente assim. Passamos nossas férias lá e pude, mesmo que sem saber, me despedir deles!


domingo, 15 de outubro de 2017

Resenha filme "Chocante"!

Não sou tão adepta a assistir filmes brasileiros, são poucos os que me chamam a atenção. Porém, recentemente assisti uma propaganda do filme "Chocante" e fiquei interessada em assistir, parecia engraçado (e é), e ontem, Rô e eu fomos ao cinema.

Chocante é (ou foi) uma boy band dos anos 90, uma mistura de Polegar com Dominó e Menudo, sucesso meteoro com o hit "choque de amor". Os integrantes, Téo, Tim, Tony e Clay se reencontram 20 anos após o fim da banda, no velório de um dos integrantes, Tarcísio. No velório também encontram sua maior fã, presidente do fã clube que  por sinal chama KÉSIA, sim, a mina chama Késia, Quézia ou Kézia, como queiram e imaginem minha surpresa, eu que fui a maior fã de Polegar! 

Quézia, a fã!!

E assim a estória vai acontecendo, Entre as lembranças de um passado de sucesso e o presente sem nada a perder surge a ideia de fazer um novo show e isso faz com que eles resolvam procurar pelo antigo empresário, Lessa (Tony Ramos) impecável com sua interpretação e estilo brega,  para reviver os velhos tempos. Levam uma bronca pelo fato da banda ter acabado (até aí ninguém sabe o motivo real do fim) e a cena é muito engraçada, as comparações, os estilos (Mistura de Back Street Boys com Katinguelê)

É hilária a maneira como cada um enfeita sua profissão atualmente e como são presos no estilo anos 90 (?) e aí que ficou a dúvida em mim: se o reencontro é 20 anos após o término, o ano do sucesso foi 1997 e nessa época eu não me lembro dos caras usarem cabelo mullet, pochete, luvas estilo Michael Jackson, como é o figurino de dois deles.

Também são engraçados os flashes do Inesquecível Viva a Noite do Gugu e o Pintinho amarelinho, e a cena mais hilária é quando nos mostra o real motivo do término da banda (que não contarei para não dar spoilers). Tony, em minha opinião, é o personagem mais engraçado, muito parecido com o Magnun do Miami Vice, tem umas tiradas legais e inteligentes.



O enredo se perde durante os 90 minutos de filme e o final, deixa a desejar. Quando você está aguardando o Grã Finale, o filme simplesmente acaba.

Vale a pena para dar umas risadas, lembrar nosso estilo brega de se vestir, recordar o Viva Noite (viva, viva, viva) e cantar junto com eles, nas cenas finais o Hit "Tô P da Vida" do Dominó!






terça-feira, 25 de julho de 2017

Estamos tão acostumados...

Estamos tão acostumados com a falta de honestidade e respeito das pessoas que quando podemos usufruir de um direito nosso, ficamos com a consciência pesada!

Logo que meu pai completou 60 anos, foi até a Prefeitura fazer seu cartão do idoso, carteirinha do ônibus para usar em transporte público de graça e a plaquinha para colocar no carro e poder estacionar em vaga preferencial. Na época, minha mãe achou que era desnecessário, imagina, só porque fez 60 anos já correndo providenciar essas coisas...

Estamos tão acostumados com a falta de honestidade e respeito das pessoas que quando podemos usufruir de um direito nosso, ficamos com a consciência pesada!

Estive em São Paulo com meus pais no último domingo, acompanhando meu pai em um exame no Hospital dos Servidores Públicos (IAMSPE). Meus pais tem mais de 60 anos, são idosos e por essa razão, possuem alguns direitos garantidos por lei, como, não pagar passagem em meios de transporte, preferência em filas e assentos em ônibus, metrô, entre outros.

Chegando no Terminal Rodoviário, minha mãe e eu fomos utilizar o banheiro. Fila enorme, mulheres reclamando. Chegou a vez de minha mãe, e eu fiquei aguardando, quando uma Sra, andando com dificuldades, de muleta, "furou" a fila, eu era a próxima e a moça atrás de mim, ao ver ficou brava. Creio que não exista preferências para esse tipo de fila, mas o bom senso nesse caso fala mais alto!

Estamos tão acostumados com a falta de honestidade e respeito das pessoas que quando podemos usufruir de um direito nosso, ficamos com a consciência pesada!

Comprei meu ticket para o metrô, meus pais não precisaram pagar por causa da idade. Pegamos a linha Azul, até a estação Santa Cruz, são 20 min de viagem. Ao adentrarmos no vagão, uma mulher pede a sua filha para sair do assento preferencial para dar lugar ao meu pai (minha mãe já havia sentado em um desses assentos preferencias). Meu pai, sem graça pois era uma criança de aproximadamente 09 anos, disse que não era necessário, mas essa mãe, preocupada em ensinar Cidadania para filha, insistiu para que ele sentasse, e só assim ele sentou.

Estamos tão acostumados com a falta de honestidade e respeito das pessoas que quando podemos usufruir de um direito nosso, ficamos com a consciência pesada!

Almoçamos, fomos ao Hospital, meu pai realizou o exame. Resolvemos voltar a pé e apreciar a cidade. Novamente ficamos matando um tempo no Shopping e voltamos ao Terminal Rodoviário pela mesma linha de metrô. Mais 20 min de viagem. Mesmas situações. Um moço, muito educado, ao ver minha mãe, se levantou e deu lugar a ela no assento preferencial. Meu pai sentou a mais ou menos 05 metros de distância, também no assento preferencial. Quando paramos na estação da Sé, muitos passageiros desceram, e vagou duas cadeiras junto ao meu pai, que logo chamou a mim e minha mãe, "segurando" o lugar com a pasta de exames. Fui correndo, minha mãe demorou um pouco e uma "mocinha" de uns 17 anos, mesmo vendo que meu pai estava "guardando" lugar para nós, correu na frente de minha mãe e pegou o lugar que seria dela. Claro que deixei a mãe sentar, e a mocinha, do nada adormeceu, e também do nada acordou quando chegou ao seu destino.

Estamos tão acostumados com a falta de honestidade e respeito das pessoas que quando podemos usufruir de um direito nosso, ficamos com a consciência pesada!

Uma pequena reflexão sobre os direitos dos idosos, que também se aplica a gestantes, pessoas com deficiência!

Fica aqui meu agradecimento ao moço que gentilmente cedeu seu lugar a minha mãe. E os meus Parabéns a mãe que com aquele gesto, ensinou muito a sua filha que com certeza será uma cidadã do bem! Com relação a mocinha adormecida, só lembro que um dia ela será idosa e passará por essas mesmas situações. E se depender da geração dela, com raríssimas exceções,  não haverá mais respeito!

 



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

10 coisas que aprendi depois de 01 ano casada!

Há 01 semana, completamos nosso primeiro aniversário de casamento. Antes de me casar, ouvi muitos comentários a respeito do casamento e da vida pós casamento, comentários/dicas ótimos, mas alguns alguns não tão bons assim. Por essa razão, me inspirei e resolvi escrever sobre 10 coisas que eu aprendi nesses 365 dias!

1 - A máxima "Depois que você casa é que vai ver como ele (a) realmente é" nem sempre é verdade, pelo menos não colou comigo. Ele não mudou em nada! Claro que algumas manias vem a tona (Pendure a chave do carro no porta-chaves dos Beatles, rsrsrs) mas se você focar nas pequenas manias, não vai aproveitar os bons momentos.

2 - Depois do sim, você e ele (a) formam uma nova família, mesmo que seja 02 pessoas, é um lar criado e não importa o que a nova sociedade moderna pensa, a vida doméstica inclui rotina e mudança de hábitos. 

3 - Quando tem amor acima de tudo, ele (a) vai abrir mão de muita coisa para te ver feliz, inclusive de velhos hábitos. Muitos não vão compreender, mas a vida é dos dois e ninguém pode "meter a colher"!

4 - Você vai sentir falta da casa dos seus pais nos primeiros meses na nova casa! No começo foi difícil para mim, eu sentia falta do meu quarto antigo, da minha casa, de meus pais e uma amiga me disse que teve a mesma experiência que eu. Para o Rô foi um pouco mais fácil pois ele morou 07 anos em São Carlos quando cursava Engenharia Civil Mas tudo foi questão de adaptação.

5 - A casa dos seus pais nunca mais será a mesma. Depois que você cria sua nova rotina e se adapta a nova vida, vai estranhar a casa deles. Não importa quanto tempo você tenha morado com eles, ou morado la, vai estranhar. A liberdade você não perde, mas você se acostuma com seu novo cantinho, e quando vai visita-los, chega uma hora que você quer voltar para sua casa.

6 - Cada um tem sua "Linguagem de amar" e você tem que descobrir qual é a sua e a dele (a). Muitas briguinhas e discussões acontecem pelo fato de você não saber reconhecer os pequenos gestos de amor, que pode ser: carinhos em momentos que você não espera, palavras de afirmação, formas de servir, ajudar nas tarefas domesticas, não deixar faltar nada em casa, etc. Depois que eu li o livro "As cinco linguagens do Amor" passei a ver esse sentimento de forma diferente e eu nem conhecia o meu marido! 

7 - Alguns amigos (as) tentarão tirar da sua cabeça a ideia de casar, dizendo que vai perder a liberdade, que se fosse bom não precisava de testemunhas e tals. Talvez esse amigo ou amiga esteja procurando alguém e use isso de mecanismo de defesa. 

8 - Mulher: você vai lavar cueca suja dele sim, e não adianta vir com discurso. A não ser que você tenha condições de pagar para alguém lavar, passar suas roupas, porque tem coisa que homem, por mais boa vontade que tenha, não consegue fazer! E isso é natureza deles!

9 - Nuncas aquelas dicas que sua mãe te deu serão tão úteis e ela, tanta razão. A minha sempre dizia: "A primeira coisa que precisa estar arrumada em sua casa é a cozinha!" e ela esta certa" OU, "Use água quente para lavar louça, tira a gordura!" 

10 -  Mulher: se ele quiser te ajudar nos afazeres da casa, deixe, mesmo que ele não faça do seu jeito. Não faça críticas, ele esta querendo ajudar e caso você critique, ele não te ajudará mais!

Enfim, se fossemos dar ouvido aos maus conselhos, não estaríamos junto! Se você ama, case! Não dê enfase aos defeitinhos dele (a) pois como disse no item 1, se não você não aproveita. Aí você pergunta, "Então como tem muito divórcio?" A chave de todo relacionamento é o diálogo, honestidade e compreensão. Deixe o egoísmo de lado. Amor precisa ser altruísta.